Simples assim, 'There is no backward road from denotation to meanings...', diz Russell lá em "On Denoting". Quem não concordaria?
terça-feira, 24 de junho de 2008
quinta-feira, 8 de março de 2007
O Vale da Felicidade
'No princípio era o Verbo', diz o evangelista João, 'e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus'. E ele prossegue lembrando que 'tudo foi feito por meio dele'. No Gênesis (2, 7), parte do acontecido é apresentado assim:
Então Iahweh Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente.
João certamente não viu nenhuma incoerência entre as suas palavras e o que vem a seguir, no mesmo capítulo do Gênesis (versículos 19-20).
Iahweh Deus modelou então, do solo, todas as feras selvagens e todas as aves do céu e as conduziu ao homem para ver como ele as chamaria: cada qual devia levar o nome que o homem lhe desse. O homem deu nomes a todos os animais, às aves do céu e a todas as feras selvagens...
Não consegui imaginar outro ponto de partida que resumisse tanto as "migalhas de literatura e filosofia" que se seguirão. Além disso, não me ocorreu, também, um ponto de partida que tivesse tanta autoridade e que remontasse à tempos tão longínquos (ou in illo tempore, poder-se-ia dizer) do que esse. Que ele tem alguns elementos de contato com outros relatos tão ou mais antigos, e que as tradições a ele associadas (que algums resumem como "judaico-cristã") em geral nunca fizeram muita questão de evocar, é algo que não se deve esquecer. Não deixaremos de lembrar aqui, sobretudo, seus elementos de contato com certos movimentos mais recentes.
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